sábado, 4 de julho de 2009

O Guardador de Rebanhos (Autor: Fernando Pessoa).


Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Por que me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.

Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se vento.

Um comentário:

Regina disse...

Que lindo, Maria!

A poesia mais bonita é aquela que vem naturalmente, do fundo do coração...

Simples e verdadeira!

Assim como Fernando Pessoa...

Beijo!