quarta-feira, 25 de março de 2009

A Vida Uma Construção (Autora: Lya Luft )

Nossas fases não se compartimentam em diques e represas:são fluxo,água corrente. Portanto a hora é sempre. Mas tem de ser natural, tem de fazer parte do convívio, não ser um instante inserido no cotidiano como um corpo estranho quando estamos inquietos ou culpados. O amor que dialoga é um hábito. Se nunca exercido, não produzirá inesperadamente uma fruta boa. Mesmo na sexualidade, apesar do alarde, da liberação e da incrível multiplicação de informações ( a maioria bastante questionáveis) continuamos muito primários. Acabamos nos submetendo à obrigação de sermos sexualmente fantásticos (quase sempre mentira e empulhação por insegurança) mas como seres precários. Se a mídia me oferece como ser feliz na cama-ou fora dela-em dez lições a preço módico, talvez fosse bom analisar e concluir que é engodo, que a felicidade amorosa não vem do desempenho,mas da ternura que aprimora e intensifica o desempenho. Precisáriamos aprender a lutar contra os modelos absurdos; a descobrir quem sou, do que gosto,como gosto de ser -como fico mais feliz. Isso não está nas revistas, na televisão, nos palpites dos amigos: é intimo, pessoal, intransferível. Cada um precisa saber entender e construir. A felicidade é assim: cada um, a cada dia, aceita o que o mercado lhe oferece... ou determina a sua.



Obs: esse texto é do livro PERDAS E GANHOS de Lya Luft . Uma grande sabedoria! Não existe receita pronta para nada nossa vida. Nós é que construimos e conhecemos nosso "Eu", daí sabemos o que queremos para nossa vida em todos os sentidos. Nós somos donos do nosso caminho e do que nos faz feliz. Os livros de auto-ajuda são para espertos ficar milionários. Taí uma boa sugestão para quem escreve bem e quer ganhar dinheiro! Quanto a mim sou da turma que gostaria de ver essas receitas de como encontrar a felicidade, na lata de lixo.

2 comentários:

Regina disse...

Os livros de auto-ajuda nos ajudam na medida em que nos dão força e nos animam a querer melhorar mas, jamais para darem uma receita pronta de felicidade... isso não existe.

Da nossa felicidade, sabemos nós... o resto é cair no senso comum...

Beijo!

Maria das Graças disse...

Olha,Regina sou uma leitora da época que penso que não existia os livros de auto-ajuda. Tenho uma convicção que não existem pessoas iguais,as experiências não se repetem em nada .Ex:pode-se ser mãe de dois filhos e nunca ser mãe igual para os dois. A evolução pessoal natural e os filhos vemos logo tem características diferentes . A experiência com um não serve para o outro. E esta diversidade é que faz a diferença em nosso sentido humano.
Talvez eu seja até radical ao julgar os livros de auto-ajuda. Os que já vi são tão repetitivos!

Agradeço -lhe o comentário sempre bem-vindo.
Sinto-me prestigiada com suas visitas. Felicidades e um grande abraço.