domingo, 7 de dezembro de 2008

O Guardador de Rebanhos (Autor: Fernando Pessoa)

Não me importo com rimas. Raras vezes
Não há duas árvores iguais,uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Por que me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.


Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como levantar-se ao vento.




Obs:Esse poema é da obra de Fernando Pessoa representado no seu heterônimo Alberto Caeiro (a fase de serena alegria,de uma alegre inconsciência, a ingenuidade e o carinho a natureza. É Fernando Pessoa lindamente alegre, o seu hino a vida.

2 comentários:

Gaspar de Jesus disse...

Olá Maria das Graças
Estou a agradecer a sua tão inesperada quanto simpática visita ao Arte Fotográfica, bem como as suas gentis palavras.
Visita que me permitiu descobrir, este seu bem agradável Blog, onde a poesia é rainha.
Os meus parabéns pelo Bom Gosto do A VIDA E A REALIDADE.
Melhores cumprimentos
Gaspar de Jesus

Anônimo disse...

Maria das Graças,

foi uma honra te-la como visita e passando a ser DEGUIDORA do VARAL. Volte sempre!

abçs