Vivo implicada com os E-mails que recebo de pessoas que nem conheço. Sou bombardeada por textos de auto-ajuda. Pregam otimismo, que chega até o exagero de condenar as pessoas que tem senso de realidade, conhecem o problema e vão a luta para resolvê-lo, mas sabem que podem ganhar a batalha ou perder. É a vida. Senso do real não é só ter pensamentos positivos mas sim saber que a vida não é só ganhos ou mar de rosa. As receitas de auto-ajuda não respeitam as peculiaridades de cada um. Façam assim para que seus filhos sejam bem educados, vencedores. Será que alguma mãe já viveu a experiência de criar filhos da mesma maneira? Tenho dois filhos; os educamos com amor, justiça e cuidados, a abordagem da educação sempre diferente, pois as personalidades deles são completamente diferentes, só se parecem na essência do amor,da amizade, ética, generosidade e unidos em todos os momentos a família. A questão é nos valorizar, acreditar na nossa capacidade de usar o bom senso, para tomar nossas decisões da melhor forma, para resolver o que a vida nos coloca. Sejam nos momentos de dor ou alegria. Imagino o sofrimento e sentimento de culpa das pessoas que não conseguem colocar esses manuais, que ensinam a viver, na prática de suas vidas. Haja frustração! A auto-ajuda parece até uma ideologia para dizer que somos incapazes de saber viver. A culpa é só do infeliz que está vivendo o problema, o mundo é "ótimo ", o que acontece a sua volta não tem culpa de seus problemas. O problema é individual. Você não decorou as "frases de efeito e otimistas" que vão mudar sua vida. E o adepto da auto- ajuda se afunda no sentimento de culpa e da incapacidade de usar a receita do sucesso. Penso, que o melhor de tudo é agir com nossa intuição, é construir nossa vida com nossas próprias forças. Ser bem sucedido e feliz não tem receita, mas sim muito trabalho, uma construção tijolo por tijolo que não termina nunca. Depende de cada um, na escolha dos valores a ser seguidos no seu caminho que se chama vida.
domingo, 29 de novembro de 2009
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6 comentários:
Não existe receita que possa nos ensinar a viver não é Maria e isto é que faz a vida ficar interessante.
Bjs.
Olá querida vim agradecer pelo comentario sobre minha historia postada no blog da nossa amiga Cris e, fazer parte do seu espaço e , convidá-la a conhecer o meu que é feito com muito carinho pra todos que por lá passam ..
Bj!! e boa semana cheia de paz.
Maria, adorei o post!!
Na minha dissertação faço uma análise de livros de auto-ajuda. E parto desse pressuposto de que não podemos simplesmente padronizar modelos de felicidade como fazem esses manuais!!
beijos
Maria Fe, como gostaria de ver essa sua dissertação.
Olha fiquei espantada com a capa da revista Veja dessa semana que fala sobre como os livros de auto-ajuda ajudam as pessoas.
Uma revista semanal que escreve uma reportagem desse nível com tantos problemas a ser tratados, parece - me que quer alienar as pessoas.
Já pensou como ficam os psicanalistas que batalham para a saúde mental?
Fico feliz com seus comentários. Admiro jovens inteligentes como você.
Um grande braço.
Maria
Também odeio auto-ajuda!
percebestes que, atualmente, os livros mais vendidos são dessa vertente?
Arre!!!!!!!!!!
Querida Maria,
Como você bem colocou, é preciso ter bom senso... tudo depende do uso que fazemos destes livros...
Eu, na minha experiência, teve uma época em que estava mal e estes livros me ajudaram a sair da tristeza... mas nunca me senti "pressionada" ou culpada em não estar feliz...
Reuni forças próprias e consegui vencer a tristeza por conta própria, pela minha força e vontade interior... não precisei recorrer a terapias, nem a psicólogos!
Receitas para a felicidade não existem mesmo... assim como para nada nesta vida... Cada um vai descobrir o seu jeito de ser feliz e, por isso, a gente precisa se conhecer... e estes livros, ao menos para mim, me ajudaram muito neste sentido... a descobrir como sou, o que sinto...
Mas, concordo sim, que possam existir pessoas que, ao invés de melhorarem, pioram lendo esses livros... é preciso ter um grande discernimento das coisas que se lê... e, como eu disse, saber fazer o uso dessas ferramentas...
Beijo!!
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