
Das veias D'África o negro saiu
Deixando para trás mulheres e crianças
Os quais jamais veria outra vez
Na sua bagagem apenas lembranças
De um tempo que não volta mais
Para terra distantes em mares navegou
Caminhos abertos em alto- mar
Feridas na alma
Para não mais fechar
Presos e acorrentados
Muitas lágrimas e gemidos
Açoitados e castigados
Nas senzalas machucados e feridos
Hoje luto por igualdade
Nas senzalas da sociedade
Porque sou cidadão
Quero liberdade
Obs: esse poema encontrei em um caderno Gurilândia do Jornal Estado de Minas. Penso que é um caderno restrito a crianças e não tão lido como deveria. Descobri esse poema pela minha curiosidade em ver o que anda na cabeça das crianças . Surpresa agradável, ver uma aluna da cidade de Jaguaquara- Bahia- Brasil fazer essa homenagem ao dia da Consciência Negra. O formidável é que ela é alfabetizada de fato, (tem leitura do mundo, um senso crítico apurado)e existem muitos letrados em Faculdades que não tem noção crítica do mundo em que vivem.
Compartilho com vocês essa bela surpresa! A educação é nossa esperança.